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9 de setembro de 2010

Quinta de Recarei, S. Mamede de Infesta

Rua da Maínça, 204 - Leça do Balio - Matosinhos

A Quinta do Alão também conhecida como Quinta de Recarei, está situada no local de Recarei, já referido num documento de 1095, sendo um dos primeiros lugares habitados na Freguesia.
A sua casa - Casa de Recarei - é seiscentista, embora sejam evidentes as intervenções dos séculos XVII e XVIII; (construção de uma escada e de uma varanda que ligam a capela ao solar).
Os seus jardins, quiçá, os jardins antigos mais bem conservados de toda a região do Grande Porto, serão datados do século XVII.
A Capela, também ela construída no século XVII, possui um oratório, todo em talha dourada, com uma imagem de Santa Radegunda.
(texto retirado do site:
http://www.regional-editora.com/distritos/porto/matosinhos/historia/leca_balio.htm)


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O sitio de Recarei deverá ter sido um dos primeiros locais habitados da freguesia de Leça do Bailio, surgindo referenciado em documentos desde o séc. XI. Todavia, a Casa e respectiva Quinta remontam ao século XV, sendo que o edifício que observamos actualmente foi construído no século XVI e modificado nas centúrias imediatamente posteriores.
Igualmente conhecida por Quinta do Alão, a Casa de Recarei deve esta designação à família de Alão de Moraes, proprietária deste espaço desde o se´culo XVII, em consequências do casamento de Maria Nunes Camelo, herdeira da Quinta, com Aleixo Alão de Moraes. As armas da família encontram-se patentes no portão da propriedade, num outro portão de dimensões mais reduzidas e ainda numa das fontes (Nóbrega, Moreira da, 1960).
A Casa, de planta em forma de U, foi associada à capela de Nossa Senhora da Assunção já no século XVIII. Esta apresenta fachada de linhas simples, rematada na empena por uma torre sineira, situada no eixo do portal principal e da janela que se lhe sobrepõe. O alçado da Casa é bastante regular, destacando-se a escadaria e a varanda, melhoramentos contemporâneos da intervenção na capela.
O jardim, magnifico exemplar de arquitectura paisagística do séc. XVII, deverá remontar à época em que habitou a casa, D. Cristóvão Alão de Moraes, célebre genealogista e autor da Pedatura Lusitana.
Organizado em plataformas desniveladas, tão características dos jardins do Norte, este espaço beneficia de um sistema de distribuição de águas, integrado no pavimento em caleiras de granito, que ainda existe. O que explica a existência de diversas fontes e chafarizes. que deveriam funcionar como reservatórios de água, a ser distribuída conforme necessário (Carita, 1987, p.251).
Os diferentes elementos arquitectónicos dispersos pelo jardim têm vindo a ser atribuídos a Nicolau Nasoni (Brandão, 1987, p.173). Entre os mais significativos encontra-se uma fonte, cujo muro é rematado lateralmente por flores-de-lis e pináculos característicos da obra de Nasoni (Brandão, 1987, p.73). De acordo com Pinho Brandão, os pináculos que rematam as colunasm na entrada da Quinta, o portal de entrada no terreiro (semelhante a um outro da Quinta de Santa Cruz do Bispo), ou as duas edículas do jardim, deverão ser, igualmente, obra de Nicolau Nasoni.
(Rosário Carvalho)
Fonte: DGPC

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